Ciente do potencial financeiro dos jovens, especialmente dos 18 a 34 anos, a ABAC Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios encomendou estudo à Quorum Brasil para conhecer o que eles pensam sobre investimentos, especialmente a respeito do consórcio.
Para Paulo Roberto Rossi, presidente executivo da ABAC, "a intenção da pesquisa foi verificar o comportamento do jovem de hoje e suas perspectivas para o futuro, considerando questões essenciais como a forma de vida, os inputs da sociedade, os projetos pessoais e familiares e as conquistas dos objetivos, entre outras, analisando ainda, a partir das atitudes financeiras, as expectativas de realização de seus desejos".
Partindo de um grupo com 1.600 jovens, dividido em dois subgrupos de 800 entrevistados cada, um de 18 a 25 anos, e outro com idade entre 25 e 34 anos, os resultados mostraram que 49% de homens e 51% de mulheres têm desejos e procedimentos, basicamente focados na qualidade de vida.
Com perfis sociais incluindo todas as classes [A, B, C e D] e distribuídos pelas cinco regiões do país, os jovens, abrangendo casados e solteiros, que moram ou não com os pais e os mantidos ou não pela família, apontaram situações próximas quando questionados sobre investimentos.
Verificou-se que nos dois grupos, de forma múltipla e estimulada, a poupança foi a mais citada com 92%. Na sequência, o consórcio e o mercado de capitais dividiram o segundo e o terceiro lugares, respectivamente, à frente de outras modalidades também reconhecidas como imóveis, previdência privada, fundos, tesouro direto, CDBs.
De olho no futuro, o planejamento, característica básica dos consórcios, ocupa papel importante em ambos grupos, oscilando de 80% a 82% entre as faixas.
Neste item, o destaque ficou para as mulheres com 83% contra 79% dos homens, enquanto nas classes sociais, a D sobressaiu-se com 71% e a A chegou a 86%.
Ao tratar especificamente a origem do conhecimento sobre o consórcio, notou-se que as primeiras informações vieram, na sua maioria, das famílias e dos amigos (57%), seguida das consultas à internet (46%) e de acesso aos sites das administradoras (33%).
Nos mesmos depoimentos, explicitaram a necessidade de conhecer mais detalhes sobre o funcionamento da modalidade, visto que 49% dos jovens entrevistados, como média geral, sinalizaram a intenção de comprar bens pelo consórcio.
Ao escolherem os produtos que comprariam pela modalidade, os dois grupos empataram em 72%, lembrando em primeiro lugar do automóvel. O imóvel foi o segundo colocado, sendo que 52% estavam no primeiro grupo e 54% no segundo.
Especificamente em bens como casa, automóvel e motos, os percentuais de interesse variaram. Enquanto nos entrevistados de 18 a 24 anos, 93% se referiram mais ao imóvel, 91% mencionaram o carro e 43% sinalizaram a moto.
Na faixa dos 25 a 34 anos, 89% anotaram o maior sonho do brasileiro (a casa própria), seguida pelo veículo novo ou usado com 85% e pela moto com 29%.
Ao olharem o consórcio como mecanismo para viabilizar conquistas no futuro, houve percepções análogas em ambas faixas etárias, com destaque para três aspectos: estabilidade, tecnologia e família. Outras, com menor evidência, todavia também importantes, foram lembradas: dinheiro, felicidade, sucesso e trabalho.
Ainda de olho no futuro, porém pontuando somente nas expectativas, ambas faixas etárias citaram, novamente com similaridade, palavras que relacionaram com "consórcio": carro, dívida e investimentos.
Ao decidirem fazer adesão ao Sistema de Consórcios, ambos grupos indicaram a confiança na empresa em primeiro lugar com 19%. Logo após, risco baixo com 17%, facilidade em participar e taxas e impostos com 14%, e 10% por indicações de terceiros.
CONCLUSÕES DA PESQUISA
A principal conclusão da pesquisa é que os jovens, apesar de ainda possuírem pouco conhecimento, adeririam ao Sistema de Consórcios para adquirir bens e serviços.
"Ao buscarem conhecer o consórcio por vários meios, especialmente, junto aos familiares e amigos, os jovens demonstraram procurar entendê-lo como investimento, aplicando hoje e mensalmente para receber no futuro", diz Rossi.
"Por se tratar de "uma coisa simples", em razão do domínio da tecnologia, os jovens abraçam o futuro com a meta de conquistar estabilidade financeira pessoal, familiar e profissional, enfim uma sociedade amplamente informatizada com qualidade de vida", finaliza.